domingo, 9 de março de 2008



... Reginaldo chegou à casa de sua amiga diferente do que de comum, falou durante 30 minutos com ela ao telefone, combinando que passaria em sua casa para uma conversa fiada... Ficou pensativo o caminho todo, não entendendo o porquê de estremecer toda vez que escutava a voz da amiga.

Tocou a campainha esperando que ela tivesse lhe dado “o bolo”, saído sem se importar com sua visita, não acertou, ela atendeu a porta com o sorriso de sempre, igual, porém, diferente. Olhos nos seus olhos, como se quisesse penetrá-los. Contudo, ele não sorriu, dando a ela a impressão de que algo estava errado. Ela não perguntou e o abraçou com carinho e força mostrando que estava ali para o que der e vier, como sempre fazia com seus amigos, como quem protege e cuida.

Ele beijou seus cabelos oleosos sentindo um aroma de bagunça, de molecagem, de menina e mulher. Quão estranho era esse seu pensamento impuro. Afinal, não é isso que se deve pensar de uma querida amiga. Aceitando o convite para entrar porta à dentro ao o que lhe foi oferecido, ele foi direto ao sofá e sentou como quem volta da guerra com um cansaço da alma que pesava no corpo...

Ela pediu para que ele fica-se a vontade, pois precisava tomar um banho, ele sentiu arrepios pelo corpo todo fazendo levantar e mexer em seus livros na estante. Ele não disse uma palavra. Depois de 45 minutos dentro do banheiro ela sai, neste exato momento ele procurava na geladeira uma coca-cola, que para eles era um vicio, e nisso acaba não a vendo saindo com sua toalha pequena e estrategicamente feita para o conforto dela e o deslumbre dele...

O apartamento era mais para uma quite, tinha um quarto, porém, era tudo pequeno e junto. Do quarto ela o grita para que coloque um pouco de refrigerante pra ela, ele não responde, mas faz o que ela pede. Ela sai do quanto com o corpo um pouco molhado, vestida em um vestidinho com um estilo praia. Ele a olhou de cima a baixo e definitivamente sabia o que sentia por ela: tesão... Queria transar com ela, vendo-a dar um gole em sua bebida sentiu seu corpo arder, tomando a bebida toda de uma vez esperando que a refrescar-se, olhou-a novamente, naquele exato momento ela tirava a toalha que enrolava os seus cabelos molhados, no entanto não impedia que a água escorrer-se em sua nuca.

Ela se levantou, foi ao banheiro e passou um pouco de creme em seus cabelos. Voltou à sala com uma escova na mão, ele a observava. No instante em que ela começou a pentear seus longos cabelos ele modificou seus pensamentos, lá, estático, olhando aqueles cabelos molhados não queria mais transar com ela e sim amá-la de uma forma sentimental, porém, intensa, brutal, deliciosa.

Despediu-se dela como quem fugia, com um tchau meio que mal educado, foi rápido em direção a porta e tentou abri-la, estava trancada, procurou na fechadura a chave, não encontrou, foi quando sentiu aquele perfume que não se modificava nem com mil banhos, viu ela passar em sua frente com a chave na mão e colocá-la na fechadura, era ela que agora não falava nada, ele em um ato involuntário passou a mão em sua nuca e entrelaçou seus dedos em seus cabelos já penteados, sentindo em seus dedos aquela mistura úmida de água e creme (mal sabia ele que acordaria muitas madrugadas com aquela sensação em suas mãos), segurando com carinho mas determinação , puxando-os para trás fazendo com que a cabeça daquela, que agora já não era mas sua amiga, inclinar-se para trás e antes que ela pensa-se em dizer- lhe algo ele a beijou com paixão, foi tão intenso que Reginaldo não sabia se ela correspondia, se as mãos dela em sua camiseta o puxava ou o empurrava , só sabia que não conseguiria parar, sem conseguir pensar foi com ela para o chão e lá ele a teve.

Ele não soube se ela mantinha suas pernas abertas por desistência, ou se gritava em seus ouvidos para afugentá-lo, ou se mordia seus lábios e arranhava suas costas para machucá-lo. Não se importava com ela só pelo prazer que sentia, queria morrer se não pudesse viver mais aquilo...

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